Thallysson Alves / Ascom Sesau

Pediatra do HGE esclarece quando os bebês devem tomar água

Se você é mãe ou pai de primeira viagem, provavelmente deve ter ficado em dúvida sobre quando dar água para o seu bebê. A pediatra do Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, Ana Carolina Ruela, afirma que esse questionamento é comum e deve ser esclarecido ainda na maternidade. Contudo, para os pais ou responsáveis que têm dúvida quanto a este questionamento, a especialista orienta que o recomendável é somente amamentar a criança com o leite materno, e a  água deve ser ofertada, apenas, nas situações nas quais a amamentação exclusiva esteja impedida ou contraindicada, o que leva o bebê a ser alimentado com outras formas lácteas.

“Tudo vai depender de como está a amamentação e o desenvolvimento do bebê. Quando o aleitamento materno vai bem, o leite materno tem água suficiente, não precisa oferecer água extra até a introdução alimentar, no sexto mês de vida. Se houve algum problema e foi necessário complementar com a fórmula láctea, então é possível que o bebê precise de uma pequena quantidade de água, proporcional ao uso da fórmula, para garantir hidratação adequada e o bom funcionamento do rim e o intestino”, esclareceu a médica.

Larisse Luane dos Santos tem 23 anos e teve o seu primeiro filho há pouco mais de um mês. Ela lembra que no início do puerpério teve muitas dúvidas sobre a necessidade de complementar o leite materno com a fórmula. Isso porque o bico de seu peito feriu e o volume não satisfazia ao bebê. Por ser estudante do curso técnico de enfermagem, optou por recorrer a fórmula, ainda que sem orientação do médico pediatra.

“Quando o meu filho começou a ter muitos vômitos e descobrimos que ele estava com uma estenose hipertrófica de piloro [estreitamento da ligação entre o estômago e o intestino], buscamos ajuda médica e viemos ao HGE. O atendimento tem sido muito bom, a cirurgia já foi realizada e, durante a recuperação, tenho aproveitado para esclarecer essas e outras dúvidas. Agora estamos voltando para casa com ele somente tomando o meu leite e com a sua saúde fortalecida”, disse Larisse Luane.

Outro ponto importante, segundo a pediatra do HGE, é que as mamães, durante o período de amamentação, busquem se hidratar tomando bastante água. Isso ajuda na produção do leite materno e no funcionamento do próprio organismo. É necessário que a qualidade da água seja sempre observada, podendo ser mineral ou filtrada e, no caso da procedência ser a torneira, é recomendável fervê-la.

“A quantidade varia muito, tanto para a criança quanto para o bebê, após os seis meses de vida. Em climas mais quentes é preciso beber muita água, não esperar ter a sede, pois a sede já é um sinal de desidratação. Quando o clima está muito seco, essa necessidade também aumenta. É importante que esse assunto esteja presente durante as consultas pediátricas de rotina”, orientou Ana Carolina Ruela.

A perda de líquidos pelo suor em locais quentes associada à baixa ingestão de água, pode, inclusive, causar desidratação, conforme alerta a pediatra do HGE. E, quanto menor a criança, mais rápido e grave pode ser. Se o bebê estiver com os olhos fundos, não apresentar lágrimas ao chorar, ficar com a boca seca, urinar pouco e estiver menos alerta e menos ativo, então é possível que esteja desidratado. O diagnóstico deve ser confirmado durante o exame clínico e é importante descobrir se a causa é, realmente, a baixa oferta hídrica. Às vezes pode ser necessária a solicitação de exames laboratoriais. A reposição hídrica é medida pela perda de peso aguda da criança.

“O risco é maior quando o bebê está doente e apresenta episódios de vômitos e diarreia. Se a amamentação está regular, ele já está recebendo todos os líquidos e eletrólitos que precisa. Mas, se a fórmula láctea tem sido a opção de alimentação da criança, então uma solução de reidratação oral deve ser administrada, sempre seguindo as orientações do médico pediatra que acompanha o crescimento do bebê”, enfatizou Ana Carolina Ruela.

Dica da Pediatra

Para cada quilograma do bebê, recomenda-se a ingestão de 100 ml de líquidos. Portanto, se seu bebê tem 6 kg, ele precisa de 600 ml de líquido. Se ele toma 500 ml de leite em um dia, recomenda a oferta de no mínimo 100 ml de água. Ou seja, é possível ficar tranquilo se o bebê tomar pequenos volumes ao longo do dia até totalizar esse volume que falta.

About Marcelo Barros, com informações do Governo do Estado de Alagoas

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Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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