Carla Cleto / Ascom Sesau

Orientações para Pais: Como agir quando uma criança engole pequenos objetos

Um dos medos mais comuns para os pais de crianças pequenas são os acidentes domésticos, especialmente a ingestão de pequenos objetos. Dados mostram que entre 2009 e 2019, 2.148 crianças, na faixa etária de zero a 4 anos, morreram em todo o Brasil devido à asfixia ou complicações médicas resultantes de engolir itens como moedas, botões ou pequenas peças de brinquedos.

Ações Imediatas ao Perceber o Engasgo

Na eventualidade de uma criança engolir um pequeno objeto e começar a asfixiar, o Dr. Jordiran Soares, médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Alagoas, aconselha que os pais ou responsáveis devem manter a calma e imediatamente tentar desobstruir as vias aéreas da criança através da manobra de Heimlich, enquanto solicitam ajuda ao Samu, através do número 192.

Como Realizar a Manobra de Heimlich

O médico detalhou como realizar a manobra: “Em caso de engasgo, a pessoa deve posicionar a mão dominante cerrada na parte superior do abdômen da criança, entre o umbigo e o final da caixa torácica, segurando-a firmemente com a mão não dominante para apoio. Então, empurre com força e rapidamente as duas mãos para dentro e para cima, forçando a expulsão do objeto. Esta manobra é adequada para crianças entre dois a doze anos, assim como adultos.”

Manobra de Heimlich em Bebês

Em relação aos bebês, a técnica é diferente. O Dr. Soares explica: “É preciso colocar o bebê de bruços sobre um dos braços e fazer cinco compressões entre as escápulas, no meio das costas. Em seguida, vire o bebê de barriga para cima e faça mais cinco compressões com dois dedos sobre o esterno, o osso que divide o peito ao meio, na altura dos mamilos. Se a criança começar a chorar, é um bom sinal de que o objeto foi expelido e que as vias aéreas foram desobstruídas.”

Sinais de Alerta e Recomendações

O médico ainda chama a atenção para os sinais que a criança pode apresentar ao ingerir um objeto estranho, como vômitos, dor abdominal, distensão abdominal ou dificuldade respiratória. Nesse caso, os pais devem levar a criança imediatamente para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ou ligar para o Samu, solicitando orientação.

Ações Não Recomendadas

O Dr. Soares alerta sobre ações não recomendadas em tais situações. “Muitos pais, ao se depararem com a criança engasgada, sem respirar ou sufocada, oferecem água, colocam a criança de cabeça para baixo, ‘sacolejam’ ou oferecem comida para tentar resolver a situação. Nada disso é aconselhável,” afirma o especialista.

O Procedimento Correto

A melhor ação é tentar a manobra de Heimlich e chamar o Samu. Além de orientações aos pais ou responsáveis pela criança, uma equipe de socorristas será enviada ao local para prestar atendimento e encaminhar a criança ao hospital mais próximo para retirar o objeto ingerido.

About Marcelo Barros, com informações do Governo do Estado de Alagoas

Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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