A Amazônia Azul, termo cunhado pela Marinha do Brasil para designar a vasta extensão marítima sob jurisdição nacional, emerge como um gigante azul responsável por 95% do comércio exterior brasileiro. A despeito de sua monumental importância econômica, que contribui com 19,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, a região ainda ‘navega’ em um mar de escassez quando o assunto é dados oficiais. Essa falta de informações detalhadas tem se mostrado um obstáculo significativo para a atração de investimentos privados essenciais para o desenvolvimento sustentável dessa fronteira azul.
Em um movimento para preencher essa lacuna, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou, em janeiro deste ano, um aporte de R$ 7 milhões em recursos não reembolsáveis destinados a impulsionar pesquisas na região Sul, incluindo cinco dos dez principais portos do país. Este investimento tem como objetivo mapear áreas com potencial econômico e científico, delineando um Planejamento Espacial Marinho que orientará futuras explorações sem comprometer o tráfego marítimo. A iniciativa reflete um esforço para superar as barreiras impostas pela carência de dados, visando um futuro onde o mar brasileiro possa desempenhar seu papel pleno na economia nacional.
O potencial da Amazônia Azul é incontestável. A região não só canaliza a vasta maioria das exportações marítimas brasileiras mas também é fonte de 95% do petróleo, 80% do gás natural, e 45% do pescado do país. Esse gigante econômico emprega cerca de 21 milhões de pessoas, movimentando mais de R$ 530 bilhões em salários e gerando uma demanda final estimada em R$ 1,5 trilhão. No entanto, a exploração de tal potencial encontra-se retardada pela falta de uma base de dados robusta e atualizada, uma deficiência que demanda um esforço conjunto entre academia, governo e setor privado para ser superada. À medida que a sociedade e os especialistas começam a compreender melhor os desafios e oportunidades presentes na Amazônia Azul, abre-se um novo capítulo para a economia marítima brasileira, prometendo não apenas um avanço econômico mas também a preservação deste ecossistema vital.
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Fonte: Bora Investir