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Alagoas terá centro da EMBRAPA para desenvolvimento de pesquisas de alimentos para todo o Brasil

O governador Paulo Dantas e o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participaram na manhã desta segunda-feira (13), do lançamento da pedra fundamental que marca o início da construção da sede do Centro de Pesquisa da Embrapa Alimentos e Territórios em Alagoas. O centro tem como missão gerar informações científicas e tecnológicas para agregar valor aos produtos alimentares brasileiros, em conexão com a demanda da sociedade, apoiando o desenvolvimento territorial.

Para o governador Paulo Dantas, a instalação do Centro de Pesquisas de Alimentos da Embrapa é um marco histórico para Alagoas, um dos estados que mais investe em pesquisa e tecnologia. “Somos o quinto estado no Brasil que mais concede bolsas de mestrado, doutorado, de pós-graduação, e a ciência, pesquisa, inovação, é uma prioridade para a Embrapa, para o governo federal e é também para o governo de Alagoas”, enfatizou o governador.

Ele anunciou também que para incentivar a pesquisa e o desenvolvimento da agricultura no Estado, vai investir na Emater (Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas), com a realização concurso público para a empresa ainda no primeiro semestre de 2024. “No próximo ano, vamos lançar o programa mais robusto de assistência técnica já visto na história do estado de Alagoas, e essas iniciativas vão fortalecer ainda mais a agricultura familiar, vão manter o homem no campo, melhorar a sua produtividade, principalmente na região do semiárido”, anunciou Paulo Dantas.

O governador agradeceu ainda a todos que contribuíram para instalação da Embrapa em Alagoas. “A Embrapa é fundamental para o desenvolvimento do nosso país e já tem contribuído desde 2018 com o desenvolvimento da agropecuária no estado de Alagoas. Agora recebe um investimento de aproximadamente R$ 100 milhões que conta com emendas da bancada de Alagoas, na ordem de R$30 milhões. O complemento já consta no novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

“Agradeço ao ministro Carlos Fávaro, ao presidente Lula, ao diretor-geral [da Embrapa] aqui em Alagoas, o João Flávio, ministro Renan Filho, que foi quem desapropriou essa área e pagou R$ 3,4 milhões e viabilizou a construção desse grande equipamento, que vai criar ainda mais condições para a Embrapa Alimentos, trazer mais profissionais capacitados, ter um laboratório ainda com mais equipamentos e promover mais inovação, mais ciência, mais tecnologia e alavancar a nossa produtividade e nosso sistema econômico que é um dos que mais cresce no país”, acentuou o governador.

Durante a solenidade, o governador, a secretária de Agricultura, Carla Dantas, e o presidente da Adeal (Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas), Otávio Tavares, entregaram a Certificação de Inspeção Animal para mais duas empresas alagoanas que poderão comercializar seus produtos em outros estados: os laticínios Do Campo e Do Sertão.

Centro de Pesquisas

A nova sede da Embrapa ficará localizada onde funcionou a Companhia de Fiação e Tecidos Norte Alagoas e as obras têm previsão para ser iniciadas em janeiro de 2024. O terreno foi doado pelo Governo do Estado.

O Ministério da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, expressou sua satisfação em estar em Alagoas, em nome do governo do presidente Lula, para lançar a pedra fundamental do Centro de Pesquisas Alimento da Embrapa. “O presidente Lula tomou a decisão de voltar a investir na ciência, na pesquisa, no desenvolvimento da nossa vocação agropecuária, mas com um viés voltado a todas as vocações regionais. Então, esta Embrapa é muito mais do que uma simples Embrapa que vem desenvolver tecnologia. Ela vem desenvolver alimentos, o turismo, as particularidades aqui de Alagoas”, explicou o ministro.

“Já consigo imaginar aqui a beleza dessa que será, sem sombra de dúvida, a mais bela de todas as 43 Embrapas do Brasil. Ela está no PAC, é a determinação do presidente Lula, mas que não será feita só pela vontade do governo federal. Tem a participação da bancada federal aqui de Alagoas, que já aportou R$ 28 milhões, tem a participação do governo do estado, que já desapropriou esse prédio aqui, ainda no governo do Renan Filho, e agora o governo Paulo Dantas também ajudando, quer dizer, uma soma de esforços”, acrescentou Carlos Fávaro.

O ministro dos Transportes, Renan Filho, destacou a importância da Embrapa para o desenvolvimento da região, que contará no futuro com a duplicação da AL-101 Norte. “Eu queria fazer alguns agradecimentos em primeiro lugar à presidente Dilma, que criou a Embrapa de Alagoas e eu, como governador ainda lá atrás, tive a oportunidade de comprar esse terreno, de acreditar nesse projeto. A bancada federal alagoana foi responsável por colocar emendas e foi mantendo o projeto vivo. E aí chegou agora o presidente Lula e incluiu esse projeto no PAC”, lembrou o ministro Renan Filho. “Agora, com o governador Paulo Dantas e com o presidente Lula, nós vamos consolidar a presença da Embrapa em Alagoas”, acrescentou.

O deputado federal Paulo Fernando dos Santos (Paulão) destacou que a Embrapa tem um papel estratégico para o Brasil. “O agronegócio só é o que é hoje devido à Embrapa. A gente tinha uma sede subordinada à Embrapa Território, em Sergipe. Essa foi a última Embrapa do governo Dilma, a Embrapa Alimentos. Faltava uma articulação de recursos. O governador Renan e o governador Paulo conseguiram esse terreno e como coordenador da bancada eu aportei um recurso individual, mas foi fundamental a articulação de toda a bancada federal de Alagoas, dos três senadores e todos os deputados federais. Vamos ter mais de 30 técnicos especializados, com mestrado e doutorado, renomados em nível internacional. Será dado foco agora na agricultura familiar”, completou Paulão.

A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, salientou que a Embrapa, como uma empresa de pesquisa, tem que ser pensada não só na inovação tecnológica, mas também em estruturas que possam atender às novas demandas. “Hoje nós temos um consumidor muito mais preocupado com nutrição, saúde e origem dos alimentos. A proposta da Embrapa Alimentos e Territórios é justamente essa visão do sistema agroalimentar, da gente trabalhar com os alimentos regionais territoriais e trazer a gastronomia e o turismo associado à agricultura”, pontuou a presidente da Embrapa.

O chefe-geral da Embrapa Território, João Flávio Veloso Silva, disse que a expectativa para o lançamento e início das obras desse Centro de Pesquisas da Embrapa é muito grande. “Desde 2018, estamos trabalhando para instalar esse centro, e com a viabilização dos recursos finalizamos isso agora”, enfatizou. Segundo Flávio, já há uma equipe grande da Embrapa trabalhando em pelo menos 12 projetos em Alagoas. “Esse centro tem uma expectativa de entrar em funcionamento [num prazo] de 24 a 30 meses, ou seja, daqui a 2 anos e meio a gente deve finalizar as edificações civis e já temos recursos previstos para aquisição dos equipamentos do centro”, acentuou Flávio.

O evento contou com a presença também de deputados estaduais prefeitos, agricultores, acadêmicos e representantes do setor privado

Iniciativa

A iniciativa de criar a Embrapa Alimentos e Territórios em Alagoas é ainda de 2016, quando houve a identificação, por parte do governo Federal, da necessidade da criação de um novo centro de pesquisa da empresa que fosse referência em soluções tecnológicas e sociais na temática dos alimentos.

O objetivo era agregar valor aos produtos agroalimentares, com ênfase nas áreas de alimentos saudáveis e funcionais, gastronomia e turismo, segurança alimentar e desenvolvimento sustentável dos territórios a partir dos alimentos tradicionais.

A efetiva criação do centro ocorreu em 2018, o qual já conta com 43 pesquisadores e técnicos em seu quadro de pessoal. Alagoas foi escolhida por ser este um dos poucos estados da federação que não possuem centro de pesquisa da Embrapa, e também pela necessidade de apoio a políticas públicas para a geração de renda e a superação da insegurança alimentar.

Alagoas possui agropecuária diversificada, com cadeias produtivas importantes, como as do leite, fruticultura, carnes, apicultura, grãos e mandioca, entre outros. A região produtora está estrategicamente localizada próxima a centros consumidores de grandes cidades, de relevantes regiões turísticas e também de portos para exportação, além da obra hídrica do Canal do Sertão.

Desta forma, o potencial de geração de empregos e renda também é elevado, e a presença da Embrapa no estado vem contribuir para fortalecer as políticas públicas e apoiar a agregação de valor aos produtos alimentares.

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