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O Desafio do Inverno: Asma e outras doenças respiratórias em pauta no Brasil

Inicia-se o inverno, estação do ano caracterizada pela diminuição da temperatura e o aumento das chuvas. Este período representa um grave risco para as pessoas em situação de rua e para aqueles que sofrem com problemas respiratórios e alérgicos. Neste contexto, a chegada da estação, que coincide com o Dia Nacional de Controle da Asma, serve como um alerta para os indivíduos que sofrem deste problema de saúde. O pneumologista Luiz Cláudio Bastos, atuante no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, destaca a importância de redobrar a atenção durante o inverno.

Segundo o especialista, a queda da temperatura e as festas juninas, que ainda são celebradas com fogueiras, fogos de artifício e aglomerações, podem piorar a situação dos asmáticos. O frio, o mofo, a poeira e a fumaça são gatilhos conhecidos para crises de asma, e costumam se intensificar nesta época do ano.

Doenças Respiratórias Comuns no Inverno

Este período do ano é propício para a disseminação de infecções respiratórias causadas por vírus ou bactérias, que podem desencadear resfriados, gripes e pneumonia. “A asma está entre as doenças respiratórias crônicas mais comuns neste período, juntamente com a rinite alérgica. As principais características são dificuldade de respirar, chiado e aperto no peito, respiração curta e rápida. Os sintomas pioram à noite e nas primeiras horas da manhã ou em resposta à prática de exercícios físicos, à exposição a alérgenos, à poluição ambiental e a mudanças climáticas”, explica Luiz Cláudio Bastos.

Fatores de Risco e Prevenção

A automedicação, o estresse e a prática de exercícios físicos também podem aumentar a chance de uma crise asmática. Bastos salienta que há uma associação entre fatores genéticos e condições do ambiente em que o indivíduo vive. Se há registro da doença em alguém da família e uma exposição frequente aos agentes causadores de alergias, a probabilidade de desenvolver a doença é maior.

Entre as recomendações para prevenir crises, estão evitar a exposição à poeira, aos ácaros, fungos, proteger o corpo das variações climáticas e das infecções virais. Quando o fator é genético, é importante controlar a rinite alérgica e o peso, já que os indivíduos com sobrepeso têm mais facilidade de desencadear processos inflamatórios, como a própria asma.

O Controle da Asma

As consultas periódicas nas Unidades Básicas de Saúde, tratamento das crises nas Unidades de Pronto Atendimento e acompanhamento de casos graves nos hospitais, como o HGE, são essenciais para o controle da doença. “A asma não tem cura, mas com o tratamento adequado, os sintomas podem melhorar e até mesmo desaparecer ao longo do tempo. Por isso é fundamental fazer acompanhamento médico correto e constante”, orienta o pneumologista do HGE.

Manter o lar arejado, optar por comemorações em ambiente aberto, sem aglomerações, conservar o local de convívio limpo e seguir as orientações médicas são outras atitudes importantes para a prevenção. Em caso de sintomas gripais, é necessário estar atento, evitar o contato com mais pessoas, reforçar a higienização das mãos, jamais se automedicar e usar máscara quando precisar ocupar locais públicos.

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