José Gabriel / Ascom Sesau

Projeto Vivência possibilita que profissionais conquistarem experiência e conhecimento

Referência nos atendimentos a traumas e a vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC), o Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca, tornou-se conhecido, ao longos de 20 anos de existência, pela tendência em acolher alunos e profissionais da área da saúde, sedentos por conhecimento e experiência. A maior unidade hospitalar do interior de Alagoas possui um corpo técnico também disposto a repassar práticas e atenção para quem almeja o horizonte do desenvolvimento na na área da saúde.

Uma destas iniciativas que fomentam o conhecimento para os novos profissionais que saem das universidades e escolas técnicas, ávidos pelo aprendizado prático, é o Projeto Vivência Profissional, que nasceu em 2017. “Foi criado a partir da procura dos profissionais para acompanhar o trabalho, conhecer os procedimentos e ganhar experiência nesta área de emergência de trauma. Então, a equipe elaborou o projeto e, com o apoio da Sesau [Secretaria de Estado da Saúde], investiu no apoio a estes profissionais diplomados, de diversas áreas da saúde, que estavam ansiosos por um espaço de conhecimento no HEA”, disse a assistente social Rosana Queiroz.

“Muitas pessoas já trabalham na área da saúde e chegam aqui querendo saber mais sobre emergência, trauma e qual a diferença de tratamento aos pacientes. Outras, que não estavam inseridas no mercado de trabalho, depois de passar pelo Projeto Vivência, conseguiram ser contratadas, pelo diferencial de conhecimento e experiência adquiridos dentro da maior emergência do interior de Alagoas”, salientou Rosana.

Para ser integrante do projeto existem regras bem definidas. “A pessoa deve ser indicada por algum profissional do hospital, além de estar dentro da legalidade, com diploma e registro no conselho da categoria”, afirmou Maria Sharlene, assistente de administração do HEA.

Cada profissional vai passar um período de até 90 dias acompanhando os trabalhos no setor determinado e sob a supervisão de um dos profissionais do hospital, mas não recebe remuneração. Neste período, ele vai aprender técnicas, conhecer os processos e protocolos de uma emergência. “Ao final do período de vivência, o profissional recebe um certificado para comprovar que participou do projeto e pode comprovar e pontuar em processos seletivos ou até concorrer a uma vaga que esteja em aberto em unidade de saúde”, ressaltou Sharlene.

Experiência

Os olhos da enfermeira Aline Costa, de 34 anos, brilham quando fala sobre o HEA. Nascida em São Sebastião, mas vivendo em Arapiraca desde pequena, ela se formou em abril deste ano pelo Campus Arapiraca da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e já esteve no hospital como estagiária. Foram 500 horas investidas em aprendizado. Um sonho que se realizava a cada dia de estágio.

Desde a semana passada, Aline vivencia o hospital de outra forma. Diplomada, conseguiu uma vaga para o Vivência Profissional, prolongando a estreita relação com os afazeres de acolhimento a pacientes no HEA. “Escolhi estagiar aqui e foi uma experiência maravilhosa, mas sempre tinha o preceptor orientando, acompanhando. No projeto, a situação é diferente, porque a gente tem que fazer e agir como profissional, sempre com um olhar humanizado”, disse Aline.

Aline considera que as portas profissionais vão ficar gigantes a partir da vivência na emergência. “Os profissionais têm dificuldade de entrar no mercado de trabalho por falta de experiência. A partir do certificado conquistado aqui, através do projeto, aliado ao hospital ser um grande referência no mercado, sei que terei oportunidades lá fora”, comemora.

Experiência e conhecimento de procedimentos são dois fatores importantes que se encontram em um único objetivo: salvar vidas. “É incrível ver e sentir a energia da dedicação dos profissionais nos mais diferentes setores, se entregando para salvar as vidas. É sensacional viver isso”, disse, emocionada, Aline Costa.

A diretora-geral do HEA, Bárbara Albuquerque, ressalta que é gratificante observar como tantos profissionais se encantam pela rotina do hospital, pela possibilidade de aprender e usar o conhecimento para salvar vidas. “O projeto tem uma linda paisagem de pessoas que crescem tecnicamente e emocionalmente, adquirem confiança para enfrentar outras realidades, com a experiência vivida com a gente”, afirmou.

About Marcelo Barros, com informações do Governo do Estado de Alagoas

Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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