Maceió em Foco 
Quando se fala sobre o mar em Alagoas, a primeira imagem que vem à mente de muitos é a de suas praias paradisíacas. Com águas cristalinas e uma vasta extensão de areia, o litoral da capital alagoana atrai turistas de todo o Brasil e do mundo. No entanto, o mar oferece muito mais do que lazer e turismo: ele é um dos principais motores econômicos da região, sendo uma fonte de recursos naturais, transporte, pesca e energia. A economia do mar, ou “economia azul”, é uma peça fundamental para o desenvolvimento sustentável do Estado, oferecendo uma diversidade de oportunidades que vão além do turismo de praia.
Potencial Econômico do Mar
O conceito de economia azul abrange todas as atividades econômicas relacionadas ao mar, indo desde a pesca e aquicultura até a exploração de recursos energéticos e a navegação. Em Maceió, a proximidade com o mar e a tradição pesqueira local já colocam a cidade em posição privilegiada para aproveitar essas oportunidades. No entanto, é necessário ampliar a visão sobre o mar, buscando novas maneiras de explorar de forma sustentável o vasto potencial que ele oferece.
A pesca, por exemplo, já é uma atividade consolidada, mas a sua modernização e diversificação podem trazer novos horizontes. A aquicultura, ou criação de organismos aquáticos em ambientes controlados, é uma alternativa promissora para atender à crescente demanda por alimentos e reduzir a pressão sobre os estoques pesqueiros naturais. Além disso, a indústria naval e as operações portuárias oferecem empregos e geram receitas para a região, conectando Maceió ao comércio marítimo nacional e internacional.
Turismo e Economia Azul
Apesar de o turismo de praia ser o mais popular, o turismo marítimo também tem um enorme potencial para alavancar a economia do mar. Passeios de barco, esportes aquáticos, mergulho e até cruzeiros são apenas algumas das atividades que podem ser melhor exploradas para atrair turistas e gerar receita. Alagoas, com sua beleza natural e marinas em potencial, está bem posicionada para ser um polo do turismo marítimo, oferecendo aos visitantes uma experiência mais completa que vai além da areia e do sol.
A profissionalização das empresas que oferecem esses serviços, seguindo as normas de segurança marítima e de proteção ambiental, é essencial para garantir a qualidade e segurança das atividades, promovendo um turismo sustentável que respeita o meio ambiente e ao mesmo tempo gera empregos e movimenta a economia local.
Energia Renovável: Um Futuro Azul
O mar também é uma fonte promissora de energia renovável. A exploração da energia eólica offshore (no mar) e da energia das marés e das ondas pode ser uma solução para diversificar a matriz energética de Alagoas e do Brasil como um todo. Essas tecnologias estão em desenvolvimento e representam uma maneira de produzir energia limpa e sustentável, aproveitando o potencial natural do litoral alagoano.
Com a devida infraestrutura e apoio governamental, Alagoas pode se tornar um centro de referência em energias renováveis ligadas ao mar, criando empregos qualificados e atraindo investimentos para o setor de tecnologia e inovação.
Sustentabilidade: Um Pilar da Economia do Mar
Explorar o mar de maneira sustentável é fundamental para garantir que seus recursos possam ser utilizados pelas futuras gerações. As práticas predatórias de pesca, a poluição e o turismo descontrolado podem comprometer a saúde dos ecossistemas marinhos, afetando diretamente a economia. Por isso, é essencial que o desenvolvimento da economia azul seja baseado em práticas sustentáveis, que preservem o meio ambiente e garantam a viabilidade econômica a longo prazo.
A Marinha do Brasil, através de suas Capitanias dos Portos, tem um papel importante na fiscalização dessas atividades, garantindo que as empresas que exploram o mar, seja no turismo, pesca ou transporte, sigam as normas de segurança e proteção ambiental. Além disso, a conscientização da população sobre a importância de preservar o mar é crucial. Ao ver o mar como um recurso econômico e não apenas um local de lazer, os moradores de Alagoas podem se tornar aliados na proteção de seu maior patrimônio natural.