No cenário vibrante e diversificado da agricultura familiar em Alagoas, uma nova página está sendo escrita com o lançamento do Programa Fomento às Atividades Produtivas Rurais. Iniciativa louvável do governador Paulo Dantas, o programa surge como um farol de esperança e mudança para 7.299 famílias do campo, traduzindo-se em um impacto direto na vida de aproximadamente 30 mil pessoas. Este esforço concentrado tem o propósito de redefinir a estrutura produtiva rural, dando prioridade a mulheres, quilombolas e povos indígenas, grupos historicamente marginalizados no contexto agropecuário.

UMA CONJUNTURA DE COOPERAÇÃO E INCLUSÃO

Realizado em cooperação técnica com entidades como a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagri), a Secretaria de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social (Seades), a Emater Alagoas, e apoiado por órgãos federais e associações, o Fomento Rural é um exemplo claro de como a sinergia entre diferentes setores pode gerar frutos significativos. Com um investimento de R$ 33 milhões, oriundos de recursos federais, o programa não apenas oferece assistência técnica especializada mas também transfere recursos financeiros diretos, numa tentativa de garantir uma mudança sustentável na realidade dos pequenos produtores.

DIRETRIZES E IMPACTOS ESPERADOS

A iniciativa marca um ponto de inflexão na maneira como a agricultura familiar é vista e gerida em Alagoas. Ao destinar recursos substanciais para o empoderamento produtivo de mulheres e povos originários, o programa não só visa equilibrar as disparidades de gênero e etnia no campo mas também reforçar a segurança alimentar e nutricional do estado. Os beneficiários, selecionados a partir do CadÚnico e prioritariamente pertencentes a grupos marginalizados, receberão suporte financeiro dividido em duas parcelas, promovendo não apenas a produção agrícola mas também a dignidade e a autossuficiência das famílias envolvidas.

UM LEGADO DE MUDANÇA E AUTONOMIA

A secretária de Estado da Agricultura, Aline Rodrigues, ressalta a importância desse fomento como uma ferramenta de justiça produtiva e social, especialmente para as mulheres rurais alagoanas, que já demonstraram sua competência e liderança na gestão agropecuária. A história de Maria Helena, da comunidade quilombola Serra das Viúvas, exemplifica o potencial transformador do programa: com o apoio recebido em 2017, sua família não apenas melhorou sua capacidade produtiva mas também conquistou maior autonomia e visibilidade dentro da comunidade.

PERSPECTIVAS E DESAFIOS

O caminho à frente, conforme articulado por Moisés Leandro, presidente da Emater Alagoas, é repleto de desafios e oportunidades. A integração de políticas sociais com ações de desenvolvimento rural mira não apenas a superação da pobreza mas também a promoção de uma inclusão produtiva genuína e eficaz. A colaboração com instituições parceiras e a assistência técnica contínua são pilares dessa estratégia, visando um futuro em que a agricultura familiar em Alagoas seja sinônimo de prosperidade, equidade e sustentabilidade.