Pesquisadora da Ufal lidera estudo pioneiro para prever Alzheimer com sinais cerebrais

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Pesquisadora da Ufal lidera estudo pioneiro para prever Alzheimer com sinais cerebrais
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Um projeto inovador da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), liderado pela doutora em Física Fernanda Matias, promete avançar na identificação precoce do Alzheimer, uma das doenças neurodegenerativas que mais cresce no Brasil. A pesquisa, que será desenvolvida ao longo de três anos, utiliza dados cerebrais obtidos por magnetoencefalograma (MEG) — técnica ainda indisponível no Brasil — para mapear reações neurológicas que podem indicar predisposição à doença.

Com dados coletados de um hospital em Madri (Espanha), o projeto vai analisar padrões de funcionamento cerebral em indivíduos saudáveis e compará-los com pessoas que apresentam comprometimento cognitivo leve. O objetivo é identificar biomarcadores que ajudem a prever o desenvolvimento do Alzheimer anos antes dos sintomas mais severos aparecerem.

“Esperamos entender por que algumas pessoas com comprometimento cognitivo evoluem para a doença e outras não”, explica a professora Fernanda Matias. Financiado com R$ 480 mil pelo edital IDOR Ciência Pioneira, o estudo também testa métodos inéditos baseados em física estatística.

Em Alagoas, as mortes por Alzheimer cresceram de 1 caso em 1996 para 230 em 2024, segundo o Ministério da Saúde. No Brasil, foram mais de 27 mil óbitos no último ano.

Fernanda Matias é a única representante do Nordeste entre os 15 cientistas selecionados no edital, que recebeu 198 propostas do país inteiro. Ela também coordena o projeto Brilhante Mente, que incentiva meninas da rede pública a seguir carreira científica, com apoio do CNPq.

Fonte: Gazeta Nordestina

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