Crimes ambientais no Complexo Mundaú-Manguaba somam 96 casos em dois anos

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Crimes ambientais no Complexo Mundaú-Manguaba somam 96 casos em dois anos
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Em apenas dois anos, o Complexo Estuarino Lagunar Mundaú-Manguaba, que abrange áreas de Maceió e Marechal Deodoro, registrou 96 crimes ambientais, a maioria relacionados à pesca ilegal com apetrechos proibidos, como os chamados candangos. O uso desses instrumentos ameaça diretamente espécies nativas e o equilíbrio do ecossistema local.

Segundo o Batalhão de Polícia Ambiental de Alagoas, as ações criminosas comprometem a reprodução de espécies como o caranguejo uçá e o guaiamum, ambos protegidos por legislação específica, principalmente durante o período de defeso. Somente em 2023, o Pelotão Aquático realizou 29 operações de fiscalização, com apreensão de mais de 1.000 caranguejos e retirada de 41 candangos, além da identificação de 142 infratores, sendo 6 presos e 136 multados.

Apesar da intensificação das fiscalizações, a atuação de olheiros, que alertam os pescadores ilegais sobre a presença das equipes, tem dificultado o flagrante. “Muitos conseguem escapar, mas deixam os apetrechos. Por isso, é essencial a participação da população por meio de denúncias”, explica o sargento Franklin Araújo, do Pelotão Aquático.

A pesca predatória também compromete os manguezais, vitais para a reprodução de diversas espécies. A preservação do Complexo Mundaú-Manguaba é essencial não só para o meio ambiente, mas para a sustentabilidade das comunidades ribeirinhas que dependem da pesca legalizada.

Para denunciar crimes ambientais, a população pode entrar em contato com o Batalhão Ambiental pelo 190, 181 (disque denúncia) ou pelo WhatsApp (82) 98833-5879, informando detalhes como a cor da embarcação e o tipo de apetrecho utilizado.

Fonte: Gazeta Nordestina

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