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A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) é uma das 13 instituições acadêmicas do Nordeste que participam do Planejamento Espacial Marinho (PEM NE), política pública de organização e uso sustentável do mar brasileiro. O lançamento oficial do projeto ocorreu nesta segunda-feira (26), em Natal (RN), no auditório da Marinha do Brasil, e marcará uma série de eventos similares em outras capitais nordestinas. Em Alagoas, o lançamento está previsto ainda para este semestre.
A professora da Ufal e coordenadora regional do PEM NE, Nídia Fabré, reforça que o planejamento representa um avanço importante para o estado. “Alagoas se prepara para implementar o PEM com foco na valorização da sociobiodiversidade, inclusão social e uso inovador do espaço oceânico. Com apoio da universidade, governos e sociedade articulam um passo decisivo rumo ao desenvolvimento sustentável, aproveitando de forma integrada os 230 km de costa atlântica do estado”, afirmou.
Recomendado pela Unesco e parte de um compromisso assumido pelo Brasil até 2030, o PEM é conduzido pela Marinha do Brasil e pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), com gestão técnica da Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec).
A área de abrangência do PEM-NE vai da linha de costa até os limites da Zona Econômica Exclusiva (200 milhas náuticas), englobando 1,7 milhão de km², o que representa 30% da Amazônia Azul. A iniciativa cobre os estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, com o Maranhão integrando o PEM-Norte.
Além da Ufal, participam do projeto universidades como UFPE, UFC, UFRN, UFDPAR, UFS, UFPB, UESC, UERN, UECE, UFSB e UEPB, contribuindo com pesquisas técnicas, articulação social e capacitação.
Para garantir a participação popular, estão previstas oficinas de capacitação, consultas públicas e reuniões com comunidades e setores produtivos. O projeto será desenvolvido até 2028, com acompanhamento constante pelas redes sociais (@pemnordeste no Instagram e PEM Nordeste no LinkedIn).
O PEM Nordeste é uma ferramenta estratégica para garantir o uso sustentável dos recursos marinhos, com benefícios diretos para a economia do mar, biodiversidade, pesca, turismo e energias renováveis.
