Desde o início dos anos 2010, especialistas da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) têm alertado sobre os riscos associados à mineração de sal-gema em Maceió, especialmente os perigos de afundamento de bairros causados pelas atividades da empresa Braskem. Esses estudos, fundamentais para a compreensão dos impactos ambientais e sociais da exploração de sal-gema, foram publicados em revistas científicas de renome, como o Geophysical Journal International e o Engineering Geology.
Aumento do Nível do Lençol Freático e Riscos de Afundamento
Um estudo publicado no Geophysical Journal International destacou que a exploração do sal-gema pela Braskem estava elevando o nível do lençol freático na região, um fator que poderia levar ao afundamento do solo. Esta pesquisa foi seguida por outro estudo em 2011, publicado na Engineering Geology, que chegou à mesma conclusão e estimou que o afundamento poderia atingir até 1,5 metro em algumas áreas da cidade.
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Alertas Precursores desde a Década de 1980
Antes mesmo da publicação desses estudos, alertas sobre os riscos da mineração de sal-gema já haviam sido emitidos na década de 1980. Abel Galindo, professor do curso de Engenharia Civil da Ufal, hoje aposentado, e o biólogo e também professor aposentado da Ufal, José Geraldo Marques, foram alguns dos primeiros a chamar atenção para as possíveis consequências ambientais dessa atividade.
Implicações para a Segurança e o Meio Ambiente
Esses estudos e alertas sublinham a importância de avaliar cuidadosamente os impactos ambientais e sociais da mineração em áreas urbanas. Eles também ressaltam a necessidade de políticas e práticas sustentáveis de exploração mineral para garantir a segurança das populações e a preservação do meio ambiente.
Com informações da UFAL